Projeto Grupo Ostra Feliz Não Faz Pérolas
Justificativa do projeto:
A proposta do presente projeto surgiu no início do ano de 2019, após a iniciativa de um grupo de alunas do 2º ano do Curso Técnico em Rede de Computadores do IFAC, ocasião em que realizaram uma ação no banheiro feminino, envolvendo a colagem de mensagens (frases e desenhos) voltadas à motivação e autoestima. A ideia surgiu devido a constante com que observavam ser o banheiro o local onde ocorriam desabafos de desânimo, relativos a variadas situações pessoais, familiares e outras específicas sobre as inter-relações no IFAC.
Essa ação inicial foi percebida pelo Departamento dos Cursos Técnicos Integrados, que propôs a formação oficial de um grupo, envolvendo servidores além de alunos, e a formulação de um projeto a ser institucionalizado junto ao IFAC – campus Rio Branco, afinal, é no cotidiano das relações interpessoais que de expressam as fragilidades humanas, porém, uma palavra motivação pode, em muitos casos, contribuir para tornar as perspectivas mais positivas para o enfrentamento das questões pessoais e sociais envolvidas.
Neste sentido, se constituiu um grupo de voluntários – alunos, servidores e docentes – em torno do propósito de planejar ações e transmitir mensagens motivadoras.
A escolha do nome do projeto guarda relação com o título homônimo da obra do escritor brasileiro Rubem Alves, assim como sua referência com a história de como as ostras produzem as pérolas. Segundo consta:
A produção da pérola pela ostra nada mais é do que um mecanismo de defesa do animal, quando ocorre a penetração de corpos estranhos, como grãos de areia, parasitas, pedaços de coral ou rocha, entre a concha e o manto. Quando esse corpo estranho está no interior da ostra, o manto do animal envolve essa partícula em uma camada de células epidérmicas, que produzem sobre ela várias camadas de nácar, originando a pérola. O processo de fabricação de uma pérola pela ostra demora em média três anos (MORAES, online, 2019).
A inspiração da produção de pérolas pelas ostras corresponde ao propósito do grupo – que ante a sensibilidade às próprias dores, assim como as dores decorrentes do cenário social circundante – se propõe a produzir algo de positivo e levar à comunidade escolar do campus Rio Branco, incluindo alunos das diversas modalidades oferecidas, servidores e terceirizados, buscando alegrar o dia das pessoas. Nesse sentido a proposta consiste em escrever manualmente, dedicando atenção à escolha das mensagens e desenhos, de maneira que as boas energias presentes no processo de produção beneficiem tanto quem produz, como quem receberá uma mensagem, além de outras ações pontuais em locais específicos e que venham a reforçar o mesmo propósito.
Em um mundo permeado por insensibilidades, onde a depressão se constitui em uma das patologias cada dia mais em ascensão, notou-se a necessidade de contrapor com sensibilidade e carinho, acolhendo a dor, mas também ressignificando-a, e assim o faremos através de mensagens. O grupo tem ciência que se trata de uma ação pequenina, que visa tão somente contribuir para tornar as relações no campus um pouco mais leves, um pouco mais humanas, para que aqueles que passam longas horas nesse espaço possam vivenciar tal experiência com maior suavidade.
Nota-se, metaforicamente, que as ostras produzem as mais lindas e preciosas pérolas a partir de um sentimento de incômodo interno, de uma dor. Do mesmo modo, os componentes do grupo tem ciência de que, como seres humanos, enfrentamos nossas próprias dores, mas, é na busca pela superação delas que se optou por produzir algo como autoajuda e que também sirva como ajuda ao próximo.
Público-alvo:
O público alvo deste projeto é a comunidade escolar do campus Rio Branco, constituída de alunos, docentes, técnicos e terceirizados. Eventualmente o projeto poderá desenvolver ações voltadas ao público externo como, por exemplo, através da participação/representação no evento Ifac Amarelo e na ação nacional de Doação de Sentimentos Positivos (vinculado ao Instituto Brasileiro de Psicologia Positiva).
Principais ações:
Os procedimentos para execução do projeto incluem a divulgação entre o público alvo, o planejamento contínuo dos temas e abordagens, reuniões periódicas (para discussão de temas, de ações e/ou para a produção de materiais), previstas para ocorrer a cada 15 dias em data fixa (exemplo, toda 1ª e 3ª sexta-feira de cada mês) e horário também definido (Exemplo das 13h às 14h), além de avaliações contínuas. Mesmo que a duração das reuniões esteja delimitada em horas deve guardar, contudo, certa flexibilidade quando outros compromissos acadêmicos impeçam a execução, sendo remanejados os encontros.
Pensou-se em priorizar datas significativas do calendário, apenas como forma de direcionar a complexa problemática vivenciada pelos indivíduos na sociedade atual, onde nos sentimos sós em meio a multidões e requeremos de palavras que nos lembrem de que somos amados, queridos, que há vários caminhos a serem trilhados nas relações com os outros e com o mundo.
Como os temas envolvem aspectos emocionais que interferem diretamente nas relações sociais, convidamos a professora e psicóloga do campus que trabalha com o viés da psicologia positiva para contribuir e oferecer seu suporte profissional nesta atividade. Fica igualmente previsto a participação de outros servidores na composição da equipe ou como convidados para acompanhar os encontros/ direcionar as ações, de modo a contribuir com os temas em uma ou outra reunião.
Neste processo, está contido o intuito de se trabalhar na superação do individual em prol do bem coletivo, resgatando valores e atitudes referentes às situações concernentes às atribulações do dia a dia e que em muitas ocasiões afetam negativamente os indivíduos.
A interação grupal cria a possibilidade de aprender com o outro, privilegiando as demandas e necessidades do grupo, como ponto de partida para produzir e transmitir mensagens afirmativas. Na vivência cotidiana do Instituto Federal do Acre exige bastante do alunado, tendo em vista a característica dos cursos técnicos, cuja carga horária e cujo quantitativo de disciplinas é maior que das demais escolas. Nesse sentido, a metodologia adotada pelo grupo precisa também levar gentileza e felicidade ao outro, pois parte do pressuposto que as boas energias transmitidas, retornam consequentemente ao emissor.
– Quais as formas de participação:
O grupo é constituído de voluntários – alunos, servidores e docentes – em torno do propósito de planejar ações e transmitir mensagens motivadoras.
A principal forma de ingresso é a manifestação de interesse em contribuir com as ações do grupo e a disponibilidade de tempo para tal.
Facebook: ostra feliz não faz perola
Instagram: @ostrafeliz
Telefone: (68) 98412-0813

