O QUE É ANSIEDADE?*
Você já ficou sem dormir devido a uma apresentação de trabalho ou prova importante? Já sentiu medo de falar na frente da turma a ponto de esquecer tudo?
Se a sua resposta foi: SIM!!!
Não se preocupe, você pode ter vivenciado apenas um episódio de medo ou ansiedade. Inclusive vamos destacar que ambos se associam e fazem parte de reações presentes no nosso organismo quando expostos à situações estressantes.
Imagina comigo, você está andando na rua e de repente um cachorro feroz foge e vai no seu sentido, qual sua reação? Com certeza, a primeira coisa que você pensa é em fugir dali, certo? Essa é uma reação instintiva, a qual carregamos desde os nossos antepassados. Imagina na época dos tigres dente-de-sabre, purussaurus e preguiças gigantes, a vida dos ancestrais humanos não devia ser muito tranquila, não é?! Então, nosso organismo desenvolveu formas de proteção e de alerta que nos serve até os dias atuais.
O medo é uma reação diante de algum perigo real e iminente. A ansiedade é uma sensação de receio e de aflição diante de uma ameaça futura ou sem causa evidente.
Desta forma, a ansiedade é natural e NORMAL, mas se as reações acontecem com intensidade, frequência recorrente e persistente pode se tornar patológica. Ou seja, a partir do momento que tais situações começam a atrapalhar sua vida, seja, no âmbito social, acadêmico ou familiar, a gente deve acender o botão de alerta. Fique ligado!
Ficou pensativo, certo? Acho que seria bom a gente falar sobre os sinais e sintomas...
Os sinais e sintomas da ansiedade são classificados em três tipos de respostas
– Psicofisiológicas – sudorese (excesso de suor) sobretudo nas mãos, aumento dos batimentos cardíacos; aumento da pressão arterial; aumento da frequência respiratória que pode causar sensação de sufocamento e falta de ar; vômito; alteração da cor da pele, dentre outros.
– Comportamentais – evitar o estímulo que causa a ansiedade, seja agindo, deixando de agir ou fugindo da situação; voz trêmula, gagueira ou bloqueios; tremores, entre outras coisas.
– Cognitivas – insegurança excessiva; fobia (medo); autocrítica negativa etc.
Vale ressaltar que cada pessoa pode ter sintomas (inclusive, outros que nem foram citados aqui) e intensidade diferentes.
Certo, certo. Talvez, você tenha se identificado com alguns ou mesmo com a maioria desses sintomas, não é? Bem, nossa intenção aqui não é diagnosticar as pessoas. Nossa intenção é proporcionar o autoconhecimento e reflexão sobre o tema e sobre sua vida.
Se a ansiedade está pegando e está dificultando as coisas para você, você pode agendar um papo leve, tranquilo e sigiloso com um profissional da equipe do Núcleo de Assistência ao Estudante do Ifac (Naes) para orientar você e auxiliar da melhor forma para o enfrentamento. Mas se o bicho tá pegando muito pesado neste momento, também temos a opção de um canal de comunicação 24h. Clique aqui e saiba mais.
Hummmm… Talvez, você tenha pensando
“Deixa pra lá, eu tô bem” ou “Ai, eu tenho vergonha!”
(Nossa você está lendo a minha mente? Sim! Fiz a atualização 4.0 da minha bola de cristal… kkkkkkkkkk).
Mas, brincadeiras à parte, gostaríamos de dizer que você não está sozinho(a), você não é o(a) diferente e o(a) estranho(a)… Não sei se você sabia, mas o Brasil é o país mais ansioso do mundo de acordo com Organização Mundial de Saúde (OMS). Então, igual a você tem milhares por aí, não fique sofrendo sozinho(a), a gente pode ajudar você! Procure a gente, vamos manter sigilo, prometo 🤞🏼!!!
Outra coisa, situações de sofrimento psicológico, que estão afetando a sua vida devem ser trabalhadas, muitas vezes a solução é simples, mas cada um(a) tem uma maneira diferente de reagir e gatilhos (sim, as causas que geram essa ansiedade) diferentes também.
Queremos deixar bem claro aqui, buscar ajuda e realizar um tratamento, caso haja indicação de um(a) profissional é a melhor forma de evitar que o problema se prolongue ou se agrave. Não sei se você sabe, mas não intervir agora pode causar prejuízos na sua vida afetiva, familiar, acadêmica e social.
Referências:
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. DSM-5: manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. Artmed Editora, 2014. Disponível em: http://www.niip.com.br/wp-content/uploads/2018/06/Manual-Diagnosico-e-Estatistico-de-Transtornos-Mentais-DSM-5-1-pdf.pdf. Acesso em: 22 nov. 2019.
ESTANISLAU, G.M.; BRESSAN, R. A. (orgs). Saúde mental na escola: o que os educadores devem saber. Porto Alegre: Artmed, 2014.
SILVA, A. B. B. Mentes ansiosas: medo e ansiedade além dos limites. Rio de Janeiro: Objetiva, 2011.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Depression and Other Common Mental Disorders: global health estimates. Geneva: World Health Organization, 2017. Disponível em: http://www.who.int/mental_health/management/depression/prevalence_global_health_estimates/en/. Acesso em: 22 nov. 2019.
*Texto produzido por Weysla Paula de Souza Lopes Dutra e Cledir de Araújo Amaral.